Ao completar 72 anos de uma história de luta em defesa dos interesses do povo brasileiro, da soberania e do desenvolvimento do país, o PSB inicia um projeto inédito de autorreforma.
Lançada pela direção nacional, a proposta será consolidada em um documento durante uma conferência nacional que será realizada entre 21 e 23 de novembro. Depois, até 2021, filiados do país inteiro serão chamados a participar de um amplo processo de debate sobre os novos desafios do PSB.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, defendeu em uma proposta de reflexão em documento intitulado “Proteção da democracia, tarefa que unifica a luta contra o retrocesso”, apresentado em reunião do Diretório Nacional em junho deste ano, uma mudança no sistema e nos partidos progressistas para enfrentar o cenário atual de crise política.
No texto, Siqueira reafirma posições já consagradas no partido sobre ações necessárias para inserir o Brasil no contexto da economia criativa, aumentar o valor agregado dos produtos nacionais, defender a soberania da região amazônica com base na ocupação inteligente e criar um sistema tributário progressivo.
“A maior contribuição que o PSB pode dar ao aprimoramento do sistema político é promover sua autorreforma, que deve conservar seus valores programáticos fundamentais, desenvolvendo-os para fazer face aos desafios próprios ao mundo contemporâneo”, afirma o documento.
“Não é apenas falar, mas fazer algo inovador, criativo, com o socialismo e a economia criativa, e não modificar apenas o discurso, mas também a plataforma para que ela seja moderna do ponto de vista econômico, social e democrático, e que tenha a participação da sociedade no partido”, afirma o presidente socialista.
Diante do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, o PSB tem feito uma permanente oposição em defesa das instituições públicas, dos direitos sociais e das liberdades individuais. “Hoje, como em outros momentos históricos, o PSB tem o dever de fazer oposição a este governo de perfil autoritário, anti-popular e anti-nacional. É para isso que existe um Partido Socialista, para defender a democracia, os direitos e as liberdades do povo e a soberania do país”, reafirma.
Na agenda regressiva de Bolsonaro estão cortes no orçamento de áreas essenciais; ataques a indígenas, mulheres, negros, LGBTs; destruição da aposentadoria com a PEC 6/2019; defesa da posse e comercialização de armas de fogo; idolatria à ditadura e negação dos crimes cometidos; subserviência aos Estados Unidos; entre outros pontos que o PSB tem criticado.
No parlamento, as bancadas também têm atuado de acordo com as posições do PSB, contrárias à pauta conservadora do governo. Sobre a reforma da Previdência, em especial, o Diretório Nacional do partido decidiu fechar questão contra o substitutivo à PEC 6/2019 aprovado na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. A orientação foi seguida pela maioria dos deputados socialistas. Apenas 11 deputados apoiaram a proposta, no primeiro turno da votação, e respondem a processos no Conselho de Ética pelo desrespeito à decisão.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional