Partido lança debate público nos dias 28, 29 e 30 de novembro, no Rio de Janeiro, para buscar a sua reinvenção, contribuir para a mudança do sistema político e formular uma proposta inovadora de desenvolvimento para o Brasil
O PSB sai na frente no debate político e apresenta ao país o documento intitulado “Autorreforma”, que atualiza seu manifesto e o programa partidário, ambos de 1947.
A divulgação do documento e os debates sobre o texto vão ocorrer durante a Conferência Nacional do PSB, entre os dias 28 e 30 de novembro. O evento será realizado no auditório do hotel Rio Othon Palace, no Rio de Janeiro.
Nos dois primeiros dias, os socialistas discutirão o texto-base da Conferência Nacional, em cinco grupos temáticos. O resultado desses debates será apreciado em uma plenária final, que aprovará o documento para orientar o debate nacional pelo próximo ano.
No terceiro dia, haverá uma Conferência Internacional para a qual estão convidadas lideranças políticas de partidos socialistas de Portugal, Espanha, Uruguai e Chile. No momento em que vários países enfrentam crises semelhantes, o PSB avalia que é fundamental incorporar experiências internacionais de esquerda, que se identifiquem com os valores e a visão de futuro do partido, para buscar soluções democráticas, humanistas, progressistas e não-autoritárias para as questões nacionais.
Com o slogan “Brasil, um passo adiante”, a “Autorreforma” é a primeira resposta sólida de um partido a uma crise política, econômica e social que se aprofunda do país.
Segundo o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, é preciso ter coragem de
admitir que o sistema político fracassou e dar um passo à frente no sentido de se reinventar, se transformar numa alternativa real e contemporânea aos desafios do país e às exigências da sociedade.
Na opinião do socialista, a superação dos problemas atuais depende de reformas estruturais do Estado brasileiro, do Sistema Partidário e da construção de um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento.
“A classe política renunciou ao exercício da política, deixou de oferecer soluções aos problemas da população, e se submeteu a uma agenda do sistema financeiro que não está conectada aos interesses do país e do povo. Os resultados são a perda de credibilidade e de confiança, o que é fatal para os partidos e para a democracia”, afirma o presidente do PSB.
“Precisamos de um Projeto Nacional de Desenvolvimento que leve em conta os novos fatores da atual revolução tecnológica que mudou o paradigma econômico, os modos de produzir e até as relações sociais”, afirma.
O texto da “Autorreforma” tem foco na redução das desigualdades sociais e na geração de oportunidades iguais para toda a população brasileira.
Para isso, a proposta que o PSB apresenta enfatiza a importância da Educação Pública de qualidade e a construção de um Projeto Nacional de Desenvolvimento. Este se baseia em conceitos fundamentais do século XXI: Inovação Tecnológica, Economia Criativa e a proposta da “Amazônia 4.0” (a transformação da região por meio da tecnologia e da biodiversidade).
O documento da “Autorreforma” traz cinco eixos temáticos que devem ser prioridade:
1) Reforma Política: a crise do sistema partidário, a Reforma do Estado, a Reforma Tributária/Fiscal e os desafios da Política Externa Brasileira.
2) Desenvolvimento, Cultura e Meio Ambiente: políticas para a Amazônia, economia verde, empregos verdes e cultura/diversidade/criatividade.
3) Políticas Sociais: saúde pública, educação pública, mulheres na política, negritude, seguridade social, idosos, segurança pública, reforma agrária e reforma urbana criativa.
4) Economia: macroeconomia, inovação tecnológica, economia criativa e trabalho.
5) Socialismo e Democracia: socialismo criativo, movimentos sociais, partido laico, comunicação em rede e autorreforma.
Amplo debate
Ao longo do ano de 2020, o texto da “Autorreforma” ficará em consulta pública para discussão nos estados e municípios. O período de participação dos filiados e da sociedade civil vai até março de 2021, quando será realizado o XV Congresso Nacional do PSB.
A Conferência Nacional tem participação de integrantes do Diretório Nacional; Diretoria, Conselho Curador e coordenações estaduais da Fundação João Mangabeira; quatro representantes de cada segmento social (NSB, JSB, SNM, SSB, LGBT e MPS), deputados federais; senadores; e presidentes estaduais.