Durante a reunião com os presidentes dos diretórios estaduais, em Brasília, o secretário de Relações Internacionais do PSB, deputado federal Alessandro Molon, ressaltou que o processo de autorreforma do PSB é único e inovador na história política do país. Para ele, o PSB “saiu na frente” ao querer discutir o Brasil e ao olhar para dentro e para fora do partido.
“O PSB é um partido que tem 72 anos, mas que mantém sua jovialidade e está tendo a coragem de questionar o seu próprio papel, discutindo um novo programa, a três anos das eleições presidenciais”, disse.
Molon apontou que o partido já realizou aproximações com os partidos socialistas do Chile, do Uruguai, de Portugal, da Espanha e com os socialistas democratas norte-americanos.
“Esse movimento de olhar para dentro e para fora, ver com quem a gente quer parecer e com que a gente já se acha parecido, mostra que estamos conseguindo aos poucos construir essa imagem para o país de uma esquerda alinhada com partidos de esquerda e de centro-esquerda equilibrados e comprometidos com a ética e a democracia, como está no DNA do PSB”, afirmou.
O vice-presidente nacional de Modernização Partidária do partido, João Capiberibe, destacou que uma das primeiras iniciativas em relação à autorreforma é o estabelecimento de novos canais de comunicação da direção nacional com as representações regionais, integrando todo o partido, e este com a sociedade.
“Hoje, a tecnologia digital nos permite essa comunicação e integração. Não podemos fazer comunicação só em época de eleição. O partido tem que estar permanentemente em contato com a sua militância, com sua base e com a sociedade”, defendeu.
Para manter essa comunicação de forma próxima e atualizada, Capiberibe apresentou o aplicativo “PSB 40 – Democracia participativa na palma da mão”, que está em fase de conclusão e será lançado em breve pela direção nacional. O app poderá ser baixado nas plataformas Google Play e Apple Store.
Entre seus conteúdos estão: a agenda de eventos e reuniões da direção nacional e das regionais; transmissões ao vivo; enquetes; jogos de perguntas e respostas; notícias; publicações e documentos oficiais; acesso às redes sociais do PSB; vídeos.
O socialista citou ainda que, segundo pesquisas, apenas 0,2% da população acredita nos partidos políticos, devido à crise da democracia representativa.
“A ruptura entre governantes e governados tem levado a uma situação de descrédito da população nas instituições públicas, especialmente as partidárias. Isso é dramático. Mas a autorreforma do PSB pretende reverter essa situação no caso do nosso partido”, afirmou.
Segundo Domingos Leonelli, membro da Executiva Nacional do PSB, o documento da autorreforma é apenas o pontapé inicial e servirá de base para uma discussão ampla no partido e com a sociedade.
“É um documento inicial que terá um nível de precisão e que dirá qual socialismo defendemos, qual sociedade queremos e qual tipo de desenvolvimento precisamos para o país”, explicou.
Em sua fala, Leonelli ressaltou que a economia criativa, defendida pelo PSB como uma estratégia de desenvolvimento nacional, é um dos pilares do documento da autorreforma.
“Estamos propondo um programa de longo prazo e revolucionário porque outros partidos não foram capazes de se reformular e compreender que a essência da economia se alterou e que agora é a partir da criatividade e da inovação que se transformam grandes negócios”, disse Leonelli, que também é coordenador do site Socialismo Criativo.
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